Ló em Sodoma

Leia Gênesis 18:16–19:29. Como o ministério profético de Abraão afetou sua responsabilidade para com Ló?

Deus acabava de reafirmar a Abraão a promessa de um filho. No entanto, em vez de aproveitar as boas-novas, ele falou com Deus sobre o destino de Ló em Sodoma. Abraão não foi apenas um profeta a quem Deus revelou Sua vontade; ele também foi um profeta que intercedeu pelos ímpios. A frase hebraica “na presença do Senhor” (Gn 18:22) é uma expressão idiomática que tinha o significado de orar.

Abraão desafiou a Deus e barganhou com Ele para salvar Sodoma, onde residia Ló. Indo de 50 para 10, Deus teria salvado o povo se apenas 10 pessoas fossem justas.

Ao lermos a história do que aconteceu quando os dois anjos foram a Ló para avisá-lo do que estava por vir (Gn 19:1-10), percebemos o quanto o povo havia se tornado doente e mau. Sodoma era um lugar perverso, assim como muitas das nações ao seu redor, motivo pelo qual, por fim, foram expulsos da terra (ver Gn 15:16).

“E agora a última noite de Sodoma estava se aproximando. As nuvens da vingança já lançavam sombras sobre a cidade condenada. No entanto, o povo não percebeu. Enquanto anjos se aproximavam em sua missão de destruição, as pessoas sonhavam com prosperidade e prazer. O último dia foi como todos os outros, tendo chegado e logo ido embora. A tarde caía sobre cenas de encanto e segurança. Uma paisagem de beleza incomparável era banhada pelos raios do Sol poente. O frescor da tarde havia atraído para fora de casa os habitantes da cidade, e as multidões em busca de divertimentos passavam de um lado para outro, preocupadas com os prazeres daquele momento” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 125 [157, 158]).

No fim, Deus salvou apenas Ló e suas filhas, quase a metade do mínimo de 10. Os genros, que não levaram a sério o aviso de Ló, ficaram na cidade (Gn 19:14, 15).

Aquele lindo país foi destruído. O verbo hafakh, “destruir”, aparece várias vezes (Gn 19:21, 25, 29) e caracteriza a destruição de Sodoma (Dt 29:23; Am 4:11). A ideia é que o país foi “revertido”. Assim como o dilúvio “reverteu” a criação original (Gn 6:7), a destruição de Sodoma foi uma “reversão” do jardim do Éden (Gn 13:10). Na destruição de Sodoma há um prenúncio da destruição que ocorrerá no tempo do fim (Jd 7).