A morte de Raquel
Que infortúnios Jacó teve em sua família disfuncional? Gn 35:15-29
Assim que Jacó saiu de Betel, três incidentes relacionados entre si marcaram a última etapa de sua jornada em direção à terra prometida: o último filho de Jacó nasceu; Raquel morreu; e Rúben, o primeiro filho de Jacó com Lia, dormiu com a concubina de Jacó. Embora o texto não diga por que o jovem fez algo tão mau, pode ser que ele quisesse de alguma forma desonrar o nascimento do último filho de Jacó e humilhar a memória de Raquel.
O nascimento do último filho de Jacó está ligado a Belém (Gn 35:19), que está dentro dos limites da terra prometida. Esse nascimento foi, então, o primeiro cumprimento da promessa divina para o futuro de Israel. A parteira, profeticamente, se dirigiu a Raquel com as mesmas palavras que Deus usou para tranquilizar Abraão: “Não tenha medo” (Gn 35:17, compare com Gn 15:1).
Jacó mudou o nome que Raquel deu a seu filho, Benoni, que significa “filho de minha tristeza”, para mostrar sua dor, para Benjamim, que significa “filho da mão direita”, talvez para indicar a direção do sul, a fim de expressar a esperança na terra prometida e o que Deus disse que faria por Seu povo depois que se estabelecesse ali.
No entanto, durante esse tempo, Rúben teve relações sexuais com Bila, a concubina de seu pai, serva de Raquel (Gn 35:25; 30:3). Não sabemos por que ele cometeu esse ato escandaloso, a não ser como outro exemplo de depravação humana.
Surpreendentemente, Jacó não reagiu a essa violação horrível (Gn 35:22). Talvez nesse ponto de sua vida, ele acreditasse que Deus cumpriria Sua palavra, apesar do pecado e do mal que às vezes acontecia ao seu redor.
Essa lição de fé está implícita na lista dos 12 filhos de Jacó, ancestrais de Israel (Gn 35:22-26). Não eram as pessoas mais agradáveis e gentis. No entanto, apesar dos problemas, das confusões e do completo mal, como no caso de Rúben e Bila, a vontade de Deus seria cumprida por meio dessa família, ainda que fosse desordenada.
