Uma vez que o livro da natureza e o da revelação apresentam indícios da mesma mente superior, eles não podem deixar de estar em harmonia. Com diferentes métodos e linguagens, dão testemunho das mesmas grandes verdades. A ciência está sempre descobrindo novas maravilhas, mas nada traz de suas pesquisas que, corretamente compreendido, esteja em conflito com a revelação divina. O livro da natureza e a palavra escrita lançam luz um sobre o outro. Servem para nos familiarizar com Deus, ensinando- nos algo das leis por meio das quais Ele opera.
Entretanto, conclusões equivocadas, tiradas dos fenômenos observados na natureza, têm dado lugar a supostas divergências entre a ciência e a revelação; e, nos esforços para restabelecer a harmonia, tem-se adotado interpretações das Escrituras que abalam e destroem a força da Palavra de Deus. Tem-se pensado que a geologia contradiz a interpretação literal do relato da criação feito por Moisés. Alega-se que milhões de anos tenham sido necessários para que a Terra evoluísse do caos; e, a fim de acomodar a Bíblia a essa suposta revelação da ciência, admite-se que os dias da criação tenham sido períodos longos, indefinidos, abrangendo milhares ou mesmo milhões de anos.
Essa conclusão é absolutamente infundada. O relato bíblico está em harmonia consigo mesmo e com o ensino da natureza. (Ellen G. White, Educação, p. 89, 90 [128, 129]).
Perguntas para consideração
- Nossa fé seria afetada se acreditássemos que os relatos das origens fossem lendas com lições espirituais, mas sem veracidade histórica? No texto bíblico, quais pistas sugerem que o autor sabia que esses relatos eram “históricos”? Qual é o testemunho de Jesus sobre a veracidade histórica desses relatos?
- O que Gênesis ensina sobre a importância de cuidar da Terra? Como ser bons mordomos do planeta e, ao mesmo tempo, evitar adorar a criação? (Rm 1:25).
- Apesar da devastação causada pelo pecado, as maravilhas da criação ainda se manifestam, falando sobre a bondade e o poder de Deus?
